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Provérbios 12:17-19 'O que diz a verdade manifesta a justiça, mas a testemunha falsa engana. Há alguns cujas palavras são como pontas de espada, mas a língua dos sábios é saúde. O lábio de verdade ficará para sempre, mas a língua mentirosa dura só um momento.'

sexta-feira, 27 de maio de 2011

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Um Jardim Diferente

Personagens: Tortinha – Bonitona – Branquinha – Ceguinha – Mestre.

Tortinha: Ah! Destino cruel, porque tudo acontece comigo. Vejam só todas as flores são tão lindas... E eu assim, tortinha, aleijadinha... Feinha.

Bonitona: Pare de reclamar, Tortinha... Agradeça pela beleza de suas cores... Vê só a ceguinha... Ela nada vê, mas se sente feliz em alegrar o ambiente para os outros.

Tortinha: Pode ir, sua esnobe... Fala assim porque não tem defeitos, fica ai toda arrumadinha, bonitinha se achando a tal, já vai tarde, sua metida... Pó... caramba... Como dói ser curva... Ser torta e aleijadinha... Melhor era eu ter nascido morta, esticada e durinha.

Ceguinha (cantando): Sou feliz senhor porque estás comigo, vamos lado a lado és meu melhor amigo. Sou feliz senhor [...]

Tortinha: Ô sua desafinada, quer calar essa boca? Não está vendo que hoje eu to depressiva?

Ceguinha: Como pode uma flor ter depressão? Um ser tão belo e encantador, que embeleza, perfuma e colore todo o jardim?

Tortinha: Você fala assim porque é cega, minha filha. Se enxergasse iria ver que não sou nada disso. Sou torta, feia (snift) e aleijadinha.

Ceguinha: Que isso irmão, por que tanta revolta?

Tortinha: Não é revolta não! É porque eu não me aceito do jeito que sou. Vê só! O vento agora bate em sua haste e voce balança com ele, dança uma valsa de amor com ele, mas comigo isso não acontece. Ele bate e quase me mata, me joga no chão. Ele não me balança, nem ao menos é educado pra me pedir perdão. Eu quase morro toda vez que ele passa. Meu corpinho torto não balança (snift) como sou infeliz. Ohhhhhhhhhhhhhh! Eu quero morrer. Quero morrer.

Ceguinha: Calma, calma Tortinha! Eu sei de uma coisa que poderá ajudar a você melhorar.

Tortinha: Vê só quem está falando isso? Uma cega que não enxerga nem a ponta de seu nariz, ainda mais querendo dar conselho pra alguém superior a você! Ah, vê se voce se enxerga, ô sua cega!

Branquinha: puxa vida Tortinha. Por que agredir assim a Ceguinha? Ela só esta tentando te ajudar a melhorar seu dia.

Tortinha: Por acaso você acha que ela pode mudar a vida de alguém sendo que nem a dela ela enxerga?

Ceguinha: Não fale o que não sabe! Tenho comigo uma luz que é maior que qualquer luz do mundo, tenho a esperança de ser curada pelo Mestre jardineiro. Ele virá. Outras flores já me disseram. Ele trará a luz também de fora pra mim. Eu verei todas as maravilhas que voce vê e não agradece. Terei o prazer de ver os pássaros, o sol, e o vento nas plantas, sentir e olhar a chuva fina que irá me abraçar, trazendo a terra à alegria da vida.

Tortinha: Ela bebeu? Alem de cega agora também é uma tonta? Deixe de ser tola. Ninguém vira ajuda-la. Voce morrerá cega, assim como eu morrerei torta. Esse tal de mestre não existe. É uma enganação.

Ceguinha: (autoridade): Eu creio nele sim e sei que ele esta próximo. (Calminha) Ainda da tempo de voce se arrepender e procurar ajuda no mestre jardineiro. Tortinha, sabe de uma coisa? Dizem que ele é o Filho do Maior Jardineiro. Ele é aquele que consegue tirar todo o mal do mundo.

Tortinha: Cruz credo! Só me faltava mais essa. Prefiro morrer torta a acreditar em bobagens.

Ceguinha: Se é assim que voce pensa... Azaro seu. Eu, quando o mestre chegar, vou pedir a ele que me cure. Esperei por ele a vida toda e sei que ele assim o fará e serei eternamente grata a ele.

Bonitona: (aflita e gritando): Ei, Ceguinha... Ceguinha... Vê lá quem está vindo! É o mestre! Peça a ele, peça... Ele irá cura-la. Ele é aquele que vem tirar todo o mal do mundo. Voce também. Tortinha, acredite que ele irá fazer voce ficar boa. Aproveite, peça a ele também.

Tortinha: (cantando): Tô nem ai, tô nem ai... Vai ‘cuida’ dos seus problemas e deixa os meus aqui. Tô nem ai, tô nem ai...

Ceguinha: Mestre, Mestre... Sou eu a Ceguinha. Senhor, tenha dó de mim, me cure da minha cegueira, há tanto tempo tenho esperado por isso. Há tanto tempo tenho esperado pelo Senhor e por sua luz.

Mestre: Tudo bem, minha filha. Conheço o seu coração e sei o quanto é boa e o quanto me ama. Abra seus olhos, a sua fé te salvou.

Ceguinha: Viva! Eu estou enxergando. Estou vendo tudo. Estou vendo. Muito obrigada, Mestre. Muito obrigada!

Tortinha: Ouuuuu... Que bagunça é essa ai hein? Quê isso? Que palhaçada é essa? Vai curando uns e deixando os outros aqui sem curar? Assim não, assim não dá, assim não tem jeito. Faça o favor de me curar também. Afinal deve ter sido por sua causa, que eu nasci torta assim.

Mestre: Querida florzinha, primeiro é preciso curar seu coração, depois é que o milagre acontece. Felizes são todos aqueles que acreditam no Senhor, porque esses, verão a gloria eterna.

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