Leia a peça "A criação geme em dores de parto" e assista o vídeo do Grupo Luz encenando na Paróquia Santa Isabel

Personagens: Oito crianças e uma mulher
Cenário: À frente do palco, colocar sete bolas plásticas de preferência transparentes ou azuis.
Com desenhos do mapa Mundi cheias de água.
Entram sete crianças de roupas brancas esvoassantes, com algumas fitas em tom azul. Ela caminham em direção ás bolas,levando guarda pretos.Projetar,no fundo do palco,cenas de destruição ambiental,sob som de trovoes,chuva,buzinas,choro,etc.




Criança 1 (Lílian): O mundo está sofrendo. O aquecimento global tem provocado inúmeras mudanças climáticas que aceleram e intensificam a destruição da vida no planeta


Criança 2 (Camila): Derrubadas e queimadas de florestas.


Criança 3 (Will): Poluição e aquecimento nas águas marinhas e destruição dos recursos hídricos


Criança 4 (Gleizy): Excesso de gases poluentes na atmofera.


Crianças 5(Amanda): Adensamento e verticalização dos centros urbanos.


Criança 6 (Caáh): Eliminação de milhares de espécies da fauna e da flora.


Todos: Quem de nós está disposto a mudar essa situação.


Criança 1 (Lílian): O modelo de desenvolvimento, que inclui o uso de carros,maquinas e a implantação de fabricas ,joga na atmosfera a cada ano 6 bilhões de toneladas de dióxido de carbono - gás tóxico do efeito estufa-, principalmente devido á queima de petróleo, gás natural e das floresta.


Criança 2 (Camila): Hoje no mundo cerca de 2 bilhões de hectares de solo estão deteriorados, o que equivale a dois terços dos ares agrícolas do mundo.!


Criança 3 (Will): Mais de 11 mil especies estão na lista de seres vivos em risco de extinção, sendo que mais 800 espécies foram extintas, em geral por causa da destruição dos ecossistemas onde viviam.


Crinça 4 (Gleizy): Nos nossos dias, duas espécies biológicas são extintas por hora no mundo. Antes da Era Industrial , a taxa de extinção de espécies era de uma a cada mil anos,mas com a industrialização,esse dado passou para uma em cada década e hoje já se fala que 47 espécies são eliminadas por dia.São 17 mil formas de vidas eliminadas por ano.


Crinça 6 (Cassia da um passo a frente e grita''A CRIAÇÃO GEME EM DORES DE PARTO'').


Criança 5(Amanda): As indústrias que fabricam os bens que alimentam o consumismo geram um perigoso lixo tóxico, na maior parte das vezes jogado na atmosfera de forma irresponsável. Fala-se que 70 mil substancias químicas perigosa são produzidas por resíduos industriais e levam á poluição completa das águas e do solos em todo o mundo.


Criança 6 (Cassia): A isso somem-se o lixo domestico e o industrial,que inclui:pneus,isopor,pilhas,fraldas descartáveis,sacolas plásticas,garrafas PET,óleos,detergentes,tintas,produtos de informáticas que têm vida útil na terra,por falta de política seria de reciclagem,continuamos jogando isso na natureza,sendo que 75% do lixo urbano é formado por material que poderia ser reciclado.


Crinça 7 (Felipe) Fale -se 27%dor corais marinhos,que são verdadeiros berçários da vida,já foram definitivamente destruídos.70% da água do mundo é desperdiçada em modelos de agricultura mal planejada e exploratórias das fontes hídricas.


As crianças chagam a frente do palco e caem no chão, estourando as bolas. Uma mulher entra pelo fundo do palco com um vertido marrom muito longo e rodado.


Mulher (Aline): Eu sou a terra livre, eu sou a mãe de todos os seres. Criada por deus,eu carrego em mim a fertilidade e o dom da vida.Nas minhas estranhas carrego o peso das minerais e a leveza das águas que abençoam e fertilizam as minhas planícies,que estendo como braços para a moradia e o cultivo de meus filhos e filhas.Sobre minha pele espalha biodiversidade,em cores e formas das mais variadas belezas.Aceito com ternura o lento existir das raízes que penetram no meu corpo com vagareza,sugando o meu leite para a produção da seiva da vida que corre no ventre da madeira.NO meu corpo carrego os minúsculos seres que fertilizam e sustentam a existência da vida.Sobre mim esta a atmosfera das nuvens que protegem os meus filhos e filhas nesse frágil equilíbrio.Como um ser vivo,sou também criatura de deus e fonte de toda vida.Nos meus ares voam os pássaros a cada manhã,povoando o meu hábito de esperança.


Chegando á frente do palco e falando o texto e joga pétalas sobre as criança.


Mulher (Aline): EU sou a Paca mama, a terra sua mãezinha. De mim vêm o alimento e a seiva de todas as formas de vida.De mim vem o leite que amamenta todas as criaturas.O leite que é primeiro alimento dos mamíferos,entra os quais o ser humano.Nos meus braços,há milhões de anos dormem as crianças humanas.Elas mesmas feitas de pó de estrela como eu.No seu corpo um pouco do meu corpo.Na sua pele,um pouco das substancias que também me dão vida.Somos do mesmo material estamos interconectado num enorme teia de vida e de esperança.


A mulher joga pétalas de flores sobre as criança, que vão se levantando devagar.


Todos: Ainda é tempo de nascimentos. Ainda é tempo de nascimentos.Agora mais do que nunca.É preciso mudar.É preciso fazer da crise um parto e pelo parto deixar nascer uma nova humanidade.Em mim e em vocês ainda há tempo depende de nós.